que torce o pescoço, desvira o rosto e fecha a boca pra não escutar
sobe alto no banco, desvira o chinelo, encosta na tinta fresca pra refrescar
que desce leve, segue forte, balança a cabeça pra não aceitar
abre foco suave, enxerga longe e o peito não consegue visualizar
sorri solto, amolece o corpo, libera energia a qualquer lugar
garante o céu e também a terra, mas nada tem para lhe ofertar
dorme junto, acorda mudo e força a memória pra lembrar
das juras sinceras, do coração povoado, dos quereres doces do amor complicado
da satisfação em satisfazer o momento, sem nada perceber
o contato é instantâneo e se dá, independente de ser
o hoje é só saber, pois o futuro há de se perder
qualquer que seja o propósito é irrelevante e teme em não doer
cabendo ao destino direcionar o todo para o maior indivíduo que aparecer
restando somente o eu e, quem sabe, um tanto de você.
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