12 junho 2013

(n)amorados

que torce o pescoço, desvira o rosto e fecha a boca pra não escutar
sobe alto no banco, desvira o chinelo, encosta na tinta fresca pra refrescar
 que desce leve, segue forte, balança a cabeça pra não aceitar
abre foco suave, enxerga longe e o peito não consegue visualizar
 sorri solto, amolece o corpo, libera energia a qualquer lugar
garante o céu e também a terra, mas nada tem para lhe ofertar
 dorme junto, acorda mudo e força a memória pra lembrar
das juras sinceras, do coração povoado, dos quereres doces do amor complicado
 da satisfação em satisfazer o momento, sem nada perceber
o contato é instantâneo e se dá, independente de ser 
 o hoje é só saber, pois o futuro há de se perder
qualquer que seja o propósito é irrelevante e teme em não doer
 cabendo ao destino direcionar o todo para o maior indivíduo que aparecer
restando somente o eu e, quem sabe, um tanto de você.
( )