10 maio 2015

Eu plural





















Eu plural
Sem saber ainda codificar o significado.
Vivendo cada dia com a maior quantidade possível de instantes e me afetando com as transformações que meus corpos absorvem a cada suspiro.
Ainda em crise. Entendendo crise como acúmulo, aceleração e aproximação de movimento.
Mudança - nunca fazendo tanto sentido e sendo tão difícil de sentir.
Sujeito composto
Construído e construindo a cada passo um tropeço de sabedoria, não querendo saber nada antes do então
quase espera, quase tudo, quase dois, quase sem saber e sabendo a maior certeza nunca antes entendida
Sentimento estúpido, imenso, rasgando um peito preenchido de volume de dois.
O maior de todos. Que nasce pra crescer tantos mais, mesmo achando inviável uma extensão tão grande de um coração...mesmo duplo até então.
Um encontro. Esperado e surpreendido com a sucessão de transformações que se apresentam em curso
quase morte, quase vida, quase dois, quase filho se apresentando em um ventre de (antes)medos desejando o maior da evolução.
amor sem meio, inesgotável, incontestável, incalculável
um corpo preenchido de mais espaço, espírito, estofo e gratidão

Plural
Que quase não espera o momento de separação, sabendo-se a passagem do maior encontro.
do amor Divino de mãe brotando em matéria pra encontrar o amor esperado de filho continuando o caminho.
Eu plural
Transbordando energia, (re)significando a espera e entendendo o tempo cada vez mais como dispensável
“Desabrochando o Dom, florescendo a criação...”
Transportando espaço onde já se preencheu e alocando presenças em um recipiente comum
Meu peito repleto
Acompanhando a concepção
Eu,
ensaiando maternar
desapegando das certezas
ofuscando as clarezas
ABERTA
ao acaso mais lindo que essa vida vai apresentar.
AmoR
(AoDom).