tocou a campainha como não era de costume
entrou como um furacão
forte, firme, surdo
juntou todo pouco que tinha
esvaziou todo muito que restava
firme, forte, mudo
apontou meus erros
cuspiu meus enganos
abandonou meus planos
cego, firme, forte
as gavetas foram preenchidas de um vazio incomum
a felicidade ficou suspensa
a b a f a d a
paredes tortas
coloridos opacos
máscaras tristes
m u d a s
a porta fechou
a luz apagou
a maria murchou
a violeta chorou. ( )
4 comentários:
não chore, violeta! a não ser quando for regada com água pura e translúcida!
A vida é bonita depois de sofrimentos. Amei a poesia!
Que linda Violeta! Flor, sempre criativa, cheia de inspiração...Enfim, eu A-D-O-R-E-I
Você (d)escreve a vida tão bem!
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