13 janeiro 2011

nó.

‎..pela desordem do mundo, pelas pessoas que partem, pelas que ficam e sofrem com as partidas, pela ausência de vidência, pelo embrulho no estômago, pelo cansaço do peito, pela esperança desalinhada, pelo pão duro dormido, pelo punho enfraquecido, pela carência de afeto, pela falta de apego, pelo chão seco, pelo trigo vencido, pelo amor não correspondido, pelo soluço constante, pelo susto proposital, pelo excesso de querer, pela falta de porquê, pelo sentimento morno, pelo carinho insosso, pelo jantar sem almoço, pela satisfação burra, pela ignorância nula, pela curiosidade crua, pelo chá amargo de fim de tarde, pela chuva, pelo vento, pelo relento, pelo frio, pelo caos, pelo tapa na cara e pelo descaso pobre da cegueira embrutecida do bicho-homem irracional, que transforma luz fria em sombra quente, que consome seu próprio veneno e morre com a sua própria solidão. ( )

Um comentário:

Alessandra disse...

Pelo viver perturbado, pela busca sem alcance, pelo brinde a majestosa dúvida sobre a existência, pela vida, apelo.