24 novembro 2010

dia Seu
















era o dia dela...todinho seu...um ano novo...
resolveu conversar com o mar...sua mãe era daquelas bandas e no seu dia oferecia presentes de povos distantes e povoados aproximados...
mas ela não foi receber presentes...não entendia por que as pessoas esperam ganhar no seu dia...ela não queria ganhar nada...
só queria contemplar...e ao contemplar ganhava mais do que podia ter...
se tornava.
por vezes intuia pensamentos de natureza enfraquecida...tinha medo de sentir pena de uma luz que busca a própria luz em seu maior dia de luz na maior fonte de luz...sozinha.
tinha receio de sonhar sozinha.
o diálogo entre ela e o mar durou uma tarde inteira...o dia foi povoado de espaço preenchido...e brisa leve.
constatou que esse era o maior presente do Seu dia
ela mesma.
voltou pra casa suspensa...
sorriu.
a maresia ocupou o seu quarto e o tempo passou devagar... ( )

Um comentário:

Alonso Zerbinato disse...

Era o dia dela, só dela. Uma métafora da vida dela.