16 dezembro 2009

encontros desencontrados




eles viveram juntos
toda vida
mas toda vida era vida demais para eles
toda vida
era vida pequena pra tanto querer
A vida se encarregou da despedida
a despedida iniciou um elo
uma aliança sem meio e fim
o tempo
os dias
o sol
as fases da lua
o vento
os signos
aniversários menos povoados
natal sem garfo e faca
casa sem cores...pintaram tudo de branco
mas o preto continua entre eles
vivo, colorido, molhado, peludo, lambido
a coroa de flores secou
e o silêncio ensurdece
esmaga
esfola
escapa
foge a menina do seu destino
foge o garoto do seu amor
fogem os dois de seus guias
pra tentar encontrar em outras luzes, luzes próximas, que lhes aqueçam nas noites claras de uma lua qualquer.. ( )

4 comentários:

Anônimo disse...

uau...

Lara Gay disse...

arrepiei!!! sem palavras... isso é uma historia de amor. não interessa mais nada. parabéns, bu.

Alessandra disse...

Extremamente sensível e belo.

Ira disse...

Uma poesia, uma história, um amor... cercados de luz e com a leveza do que é eterno.
Namastê!